Omar no encalço de Bolsonaro
Novo presidente da Comissão de Transparência, Governança e Fiscalização e Controle do Senado, Omar Aziz (PSD/AM) afirmou que irá investigar Jair Bolsonaro (PL/RJ) no caso das joias recebidas de presente na Arábia Saudita, as quais o ex-presidente é acusado de trazer ilegalmente para o Brasil.
Propina milionária?
Há suspeita de que Bolsonaro tenha recebido as joias como propina para facilitar a venda – a preço bem abaixo do valor de mercado – de uma refinaria da Petrobras no estado da Bahia, operação que se concretizou um mês após a comitiva do ex-presidente chegar ao Brasil, voltando da Arábia Saudita. De acordo com o jornal Estado de São Paulo, Bolsonaro tentou recuperar as joias oito vezes sem pagar imposto de importação, uma exigência de lei.
Quem não deve, não teme
Nesta sexta-feira, Omar concedeu entrevista a diversos veículos e mídia nacional e não descarregou sua verve crítica sob o ex-presidente Jair Bolsonaro. “Se (a comissão) tem a intenção de levar o Bolsonaro a prestar esclarecimentos? A partir do momento que você não quer esclarecer um assunto desse, você está se incriminando”, disse Omar, em entrevista ao UOL.
Plínio para todos
O senador Plínio Valério ecoa discursos da base bolsonarista no Congresso e faz oposição ao presidente Lula. Porém, às vezes surpreende com propostas que são bem vistas até mesmo por seus opositores à esquerda. Sua proposta de taxação de grandes fortunas (PLP 183/2019), que atenta para a desigualdade na cobrança de impostos no Brasil, cobrando mais daqueles que podem dar mais, é apenas uma delas.
Judiciário mais democrático
Outra proposta que encontra adeptos de todos os espectros políticos é a proposta que pede o fim do mandato vitalício de ministros do STF (PEC 16/2019), o que poderia dar maior alternância de poder na Suprema Corte brasileira, além de proporcionar um Judiciário mais heterogêneo, a quem o senador, ironicamente, se dirige como “deuses no Olimpo”.
Criminalização de endividados
Crítico ferrenho do STF, Plínio questionou, nesta semana, decisão da Corte que aceitou a constitucionalidade da apreensão de Carteira Nacional de Habilitação (CNH) de condutores com dívidas em atraso, assim como a proibição de cidadãos endividados de prestarem concurso público. Segundo o senador, a decisão é um retrocesso, já que o Direito Moderno rompeu com a prática de criminalização de pessoas endividadas. “Não faz sentido, por si só, aplicar medida que implique restrição de direitos em razão de débito financeiro”, disse.
Tá comigo, tá com Deus!
O senador Eduardo Braga (MDB/AM) não teve pudores em expor fotos de uma visita feita a políticos de Eirunepé nesta sexta-feira, em que é possível ver seu aliado de primeira ordem, o prefeito do município, Raylan Barroso (MDB). Raylan foi alvo de operação da Polícia Federal que apura crimes de fraude à licitação, desvio de recursos, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro em Eirunepé da ordem de R$ 10 milhões.