Da redação (*)
A chuva cai lá fora, mas dentro do teatro Gebes Medeiros, na avenida Eduardo Ribeiro, o 1º Festival Literário de Manaus (Flim) corre solto o dia inteiro destas quinta e sexta, e dentro do Vibrância Estúdio de Arte, na avenida 10 de Julho, 151 (próximo a av. Epaminondas), os artistas da florestas promovem “Vibrações Ancestrais” nas noites de quinta a sábado. Haja arte, conhecimento, cultura e alegria!
O Flim começou na manhã de hoje, 15, com o diretor-presidente do Conselho Municipal e Cultura (Concultura), Tenório Telles fazendo a abertura para o evento, que promete colocar a capital amazonense na rota das festas e festivais literários do país. O Concultura é órgão auxiliar da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult). Tenório, um homem há anos dedicado à literatura do Amazonas, confirmou que o Flim “será uma festa dedicada a palavra e a beleza. Livro ensina, encanta e salva as pessoas, mostrando um mundo de possíbilidades”, é um pensamento que ele carrega há anos.
O secretário de Cultura e Economia Criativa do Estado (SEC), Marcos Apolo Muniz, também participou da abertura do 1º Flim. A SEC cedeu o teatro Gebes Medeiros para a realização do festival literário. Apolo exaltou a iniciativa do Concultura e desejou vida longa para o Flim. Perguntado pelo Amazonas no Congresso se a SEC vai incentivar a continuidade do Flim, inclusive financeira, ele disse que a parceria começou este ano com a oferta do teatro Gebes Medeiros e vai continuar apoiando o quanto for preciso, inclusive financeiramente, sim.
Na primeira palestra do Flim, “O universo mítico e lendário amazônico e a criação de uma literatura cosmogônica”, o ensaísta e professor da Universidade Federal do Pará (UFPA), João de Jesus Paes Loureiro, trouxe ao público ouvinte a bela necessidade da busca literária de reinventar as histórias. Cosmogônica é uma referência às teorias e aos princípios que explicam a origem do universo. Nesse sentido, ele apresentou um trabalho literário que se põe a explorar esse desafio.
O Flim terá durante os dois dias mesas temáticas, vivências literárias, palestras com escritores e saraus com recitais e performances artísticas. Vão participar do Flim 20 escritores locais e nacionais, como palestrantes e debatedores nos dois dias do evento, com a participação de quatro autores nacionais e regionais ganhadores do prêmio Jabuti, o mais importante da literatura nacional.
Vibrações Ancestrais
A Exposição Vibrações Ancestrais começa hoje, 15, às 19h, no Vibrânia Estúdio de Arte, na avenida 10 de Julho, no Centro, próxima à av. Epaminondas. A exposição apresenta ao público, com acesso livre, uma programação multicultural de diversas linguagens artísticas em um encontro único durante três dias: quinta, sexta e sábado, sempre a partir das 19h. É sair do Gebes Medeiros, entrar na 10 de Julho e caminhar um pouquinho e chegar no Vibrânia.
O evento está composto de feira de livros, fanzines, exposições, cinema: curtas, documentários como: “Doc. Revista SIRROSE E OS CADÁVERES”; performances de diversos artistas amazonenses, entre outras formas de expressões artísticas. A Vibrações é uma realização “fruto do trabalho entre artistas parceiros junto com a equipe Vibrânia, em solidariedade ao ‘mano’ José Adelino Lobato, idealizador e mentor da Exposição“, informa o produtor Joe Maia, um dos organizadores do evento. Ele destaca que o Vibrações… “serão três dias de evento onde a ancestralidade, que se manifesta no artista, transbordará presenteando os sentidos com as mais belas e diversas formas de arte“.
No Vibrânia, as vibrações extrapolam as artes e vão à luta. Os artistas publicam um “Manifesto da Exposição”, que diz:
“Entre os dilemas que os pensadores contemporâneos tem para resolver é estabelecer uma definição clara e distinta sobre o que é o agora? Quais suas características, implicações nas diversas dimensões do homem no século 21, como as recorrências, descontinuidades, fragmentações atravessam a vida de todos em um momento em que a Democracia está sofrendo ataques no mundo inteiro e que forças devem ser usadas para garantir a Liberdade em suas infinitas manifestações. É nesse contexto que um conjunto heterogêneo de artistas se unem, através da ideia de José Adelino Lobato, para por à luz o direito de agir nos dias de hoje em nome da Arte livre e sincera, que é a arma contra a intolerância e a mentira. É essa tensão que o evento Vibrações Ancestrais se propõe a provocar e precisa que você artista e não artista participe ao seu modo contribuindo para a germinação de um agora alegre e humanista…Venha a A escola de artes e bar Vibrânia nas noites dos dias 15, 16 e 17 e aproveite!
(*) Com informações da assessoria de Comunicação do Concultura e da produção do Vibrações…
Edição: César Wanderley/Amazonas no Congresso