Malala é minha referência para chamar à reflexão todas as mulheres que ainda não entenderam seu papel na construção da humanidade.A luta da Malala começa pelo direito de estudar, proibido às mulheres em seu país. Trata-se de uma luta por direitos humanos.
Malala é uma feminista? Sim. Como também eram feministas as sufragistas inglesas do século XIX.
Feministas eram, também, as mulheres que criaram a Federação Brasileira Pelo Progresso Feminino, em 1919, que lideradas por Bertha Lutz lutavam pelo direito ao voto, conquistado somente em 1932, no primeiro Código Eleitoral Brasileiro. Mas as mulheres só tiveram seu voto igualado ao do homem em 1965. Antes, mulheres casadas só podiam votar com a autorização dos seus maridos.
Em 1943, foram as feministas que fizeram ser incluída na CLT a Licença Maternidade. As mesmas feministas também foram as autoras da Lei Contra o Assédio Sexual nos dias de hoje. E se não fossem as feministas, mulheres casadas até hoje não poderiam ser possuidoras de propriedade própria (código civil de 1962 proibia).
Quero com isto mostrar que o direito de algumas mulheres em maltratar quem luta por seus direitos e votar em quem quer destruir os direitos de todas foi conquistado com muita luta por mulheres feministas, guerreiras, que enfrentaram o Estado, a sociedade retrógrada e seus maridos machistas.
Antes de falar mal das mulheres que lutam, pense que seu direito de xingar foi conquistado com o sangue e o suor delas; que nenhum direito hoje usufruído por todas foi dado por macho misógino, violento e sem alma.
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