Querer a injustiça para um inimigo, adversário, desafeto ou simplesmente a um indivíduo que você não gosta chama-se vingança. Um sentimento mesquinho cujo resultado dilacera a alma, por mais que não se assuma isso.
A união da injustiça, enquanto ação concreta, com o sentimento de vingança tem um efeito devastador. Não só torna o ser um antropófago como traz fratura na sociedade. Ou seja, uma ação deletéria com uma vida sem alma, sem bons sentimentos e enraizada na tristeza produz resultados indeléveis na formação de um povo, se alcançar um número expressivo de indivíduos ou grupos sociais.
O que o apequenado Moro e seus capachos do Ministério Público de Curitiba estão produzindo é uma violência contra os bons valores que devem construir um povo. É um atentado contra a Justiça e contra o Estado.
Não menos grave é a insistência de uma turba de irresponsáveis e traumatizados que festejam a injustiça e se regozijam com o sentimento de vingança.
Esse movimento que reúne uma casta togada, afiançada por grupos políticos de direita, e uma horda de péssimos cidadãos e cidadãs que defendem a destruição do estado de direito pode levar o Brasil a uma situação tão caótica que a reversão dos estragos demorará décadas para se concretizar.
Estamos entrando num dilema civilizatório e não mais numa simples disputa de poder.
Foto: Canal Ciências Criminais