A situação dos trabalhadores e seus familiares, explorados por empresas mineradoras nacionais na extração ilegal de ouro no rio Madeira, levou o deputado federal Zé Ricardo (PT/AM) entrar na luta. Ele anunciou nesta terça-feira, 30, no plenário da Câmara Federal, que vai enviar documento ao Ministério de Cidadania e ao governo do estado solicitando imediato cadastro desses trabalhadores nos programas de assistência social. Para o deputado, essas famílias precisam receber algum auxílio financeiro para seu sustento e renda. O abuso do poder econômico dessas mineradoras resultou em operação da Polícia Federal. Foram apreendidos e queimadas algumas balsas utilizadas nessa atividade e que serviam, inclusive, de moradias para algumas famílias.
Zé Ricardo defende que muitas famílias pobres entram nessa atividade por falta de alternativas econômicas. Muito em decorrência da ausência de políticas públicas voltadas para a geração de emprego e renda, o que deixa muitos ribeirinhos desassistidos pelo Poder Público.
“Nós vimos agora a Polícia Federal, o Ministério da Justiça e o Ibama realizarem operação para coibir a garimpagem no rio Madeira. Não sei se destruir e incendiar balsas é o melhor caminho, pois algumas pertencem às pessoas daquelas comunidades ao longo do rio. Estamos vendo centenas de famílias que estão desamparadas, abandonadas, sem direitos, na miséria e passando fome. Basta visitar os municípios de Novo Aripuanã, Manicoré, Humaitá, Autazes e outros que se constata tudo isso. É necessária uma ação do poder público para amparar e cuidar dessas pessoas. Está na hora do governo federal e do governo do estado terem políticas de geração de renda e trabalho para o interior do Amazonas e, principalmente, aos municípios da Calha do Madeira”, destacou o deputado.
Uma ajuda financeira a essas famílias, defende o deputado, é de extrema necessidade, sobretudo, neste período de final de ano e ainda de pandemia. Zé Ricardo também destaca que não se pode esquecer a responsabilidade dos governos com a prática ilegal de mineração. Ele observa que nunca foi regulamentada e nem debatida de forma aprofundada essa atividade e existem grandes interesses nesse disputa, atingindo a população do interior do Amazonas. “Por isso, é urgente cobrar que o governo ofereça alternativas econômicas para que essas famílias tenham atividades remuneradas, evitando também graves impactos ao meio ambiente”.
Fonte e foto: Assessoria de Comunicação do deputado Zé Ricardo.
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O garimpo tem que deixar de ser explorado por essas quadrilhas a serviço de um grande poder anônimo. Os bandidos que estão por trás dessas práticas irregulares e escravagista tem que ser presos. O garimpo é do caboclo morador dessas comunidades ribeirinhas e deve ser explorado de maneira artesanal e sustentada, sem uso de mercúrio, produto letal pra vida dos animais e dos homens da região.