O governo federal publicou hoje, 7 de abril, data comemorativa ao Dia Mundial da Saúde, mensagem do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ao povo brasileiro, que viveu os últimos anos com a pandemia da Covid-19, quando perdeu cerca de 700 mil pessoas.
A Organização Mundial de Saúde (OMS), que nasceu no dia 7 de abril de 1948, com uma visão clara e ambiciosa, como ela própria diz em publicação de 2019: um mundo em que todas as pessoas possam gozar do nível de saúde mais elevado possível, diz que, embora tenha feito enormes progressos nos últimos anos contra algumas das principais causas de doença e morte, ainda há muito trabalho a fazer para concretizar essa visão.
Hoje, disse então, a OMS, metade da população mundial que não tem acesso aos serviços essenciais de saúde. Há milhões de mulheres que dão à luz sem a assistência de uma parteira com a devida formação; há milhões de crianças que não são vacinadas contra doenças fatais e milhões de pessoas que sofrem e morrem, porque não conseguem fazer os tratamentos contra o VIH, tuberculose e paludismo.
Ciente do estado da saúde do povo brasileiro, o presidente Lula lançou a mensagem, que você lê abaixo:
Mais que uma data comemorativa, este Dia Mundial da Saúde é uma oportunidade extraordinária para refletirmos sobre o mundo que queremos construir para nós e as futuras gerações.
Um mundo em que a saúde seja um direito de todos, e não uma mercadoria de alto custo, ao alcance apenas de uma minoria privilegiada que pode pagar por ela.
Um mundo onde recursos humanos, financeiros, científicos e tecnológicos sejam acessíveis a todos os seres humanos, sem distinções sociais ou geográficas.
Afinal, um mundo assolado pelas desigualdades de renda, raça ou gênero, onde quase 1 bilhão de homens, mulheres e crianças não têm o que comer, será sempre um mundo doente.
A saúde anda de mãos dadas com a vida. E é um dos mais preciosos direitos humanos.
Todo homem, toda mulher e toda criança têm o direito de viver em condições ambientais e sociais saudáveis, e não na condição de vítimas da miséria, da fome e da insalubridade, em casa ou no trabalho.
Celebrar o Dia Mundial da Saúde é reafirmar esse direito. É lembrar que a saúde deve estar presente em todas as políticas públicas e ocupar o centro das atenções dos governos.
No Brasil, felizmente, temos a garantia constitucional de um Sistema Único de Saúde, o SUS, que assegura o acesso gratuito aos serviços por toda a população. E nos esforçamos constantemente para transformar em serviços cada vez melhores aquilo que determina a nossa Constituição.
Isso passa por fortalecer o SUS, levando médicos e todos os profissionais da saúde às periferias das grandes cidades e às distantes comunidades do interior brasileiro.
Também passa pela realização de intensas campanhas para superar os problemas que ainda decorrem da pandemia do Covid-19: as filas acumuladas de consultas, exames e cirurgias eletivas e a queda dos índices de vacinação.
Entendo que muitas outras nações têm os mesmos desafios. Uma robusta arquitetura global de saúde, com a Organização Mundial da Saúde em seu centro e à frente, é fundamental para obtermos sucesso em nossos esforços.
A OMS tem dado contribuições extraordinárias à humanidade. E merece uma profunda homenagem por estar comemorando seus 75 anos de criação também neste 7 de abril.
Assim, deixo aqui registrado meu muito obrigado ao diretor-geral, Tedros Adhanon, pela sua liderança à frente da Organização.
E renovo o compromisso do Brasil nos esforços para a construção de um mundo mais desenvolvido, justo e solidário, com saúde para todos.
Luiz Inácio Lula da Silva
Presidente da República Federativa do Brasil