A variante Ômicron do novo coronavírus está presente entre nós desde dezembro, e continua predominando no mundo. Apesar dos sintomas serem mais leves, mesmo assim podem levar a casos graves que requerem hospitalização.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) vem rastreando e monitorando as variantes da Ômicron com a Delta, tal como a Deltacom. Mais recentemente, a recombinação da cepa original da Ômicron BA.1 com a sua variante BA.2, que está sendo chamada de XE. Há suspeitas de que a XE tenha 10% a mais de transmissibilidade e sua provável origem seja a África do Sul. A informação é da coordenadora do projeto “Mãezinha do Céu: ações preventivas e terapêuticas”, Elvira Eliza França, extraídas da Editora Rede Brasil Atual.
A XE, explica Elvira, foi identificada no Reino Unido em 19 de janeiro, onde há 600 casos. Nesta quinta-feira, 7 de abril, o Instituto Butantan deu o alerta sobre a presença da variante recombinante XE em São Paulo. Ela foi identificada num homem com 39 anos, que estava com o ciclo vacinal completo, e apresentou sintomas de coriza, distúrbios do olfato e do paladar, dor de cabeça, tosse, febre e dor de garganta. Após tratamento em casa está passando bem.
De acordo com o epidemiologista da Fiocruz Amazonas, Jessem Orellana, apesar da variante recombinante XE Ômicron estar no país há dois meses, não houve transmissão comunitária, porque as pessoas estão se vacinando. A eclosão da Ômicron em fevereiro também aumentou o nível de imunidade da população que adoeceu nessa fase. Contudo, ele lembra que apesar de o país já ter 80,75% de pessoas vacinadas, a dose de reforço ainda está baixa: 49,39%. Ele diz que estão sendo aguardados mais dados da OMS sobre a transmissibilidade e letalidade da XE e recomenda a manutenção dos cuidados de prevenção para evitar nova onda de contaminação.
“Como podemos constatar, apesar da pandemia estar enfraquecendo, ela ainda não acabou. Podemos continuar fazendo nossa parte para diminuírem os riscos de adoecimento. Sendo assim, recomendamos a manutenção dos cuidados com a lavagem constante das mãos com água e sabão, uso de álcool gel, manutenção do uso de máscara e os devidos cuidados em relação a locais em que haja aglomeração, mantendo o distanciamento para se proteger da variante recombinada Ômicron XE e outras que possam vir“, aleta Elvira França.
“Relembramos, também, que os postos de vacinação de Manaus já iniciaram a vacinação para pessoas da área da saúde e idosos acima de 60 anos para a gripe Influenza. As crianças com menos de 5 anos e profissionais de saúde também estão sendo vacinados contra o sarampo“, informa Elvira.
Fonte: Elvira França e Rede Brasil Atual
Foto: Breno Esaki/Agência Saúde DF/RBA