Neste dia 19 de março, o senador Jefferson Peres (PDT/AM) faria 90 anos de idade. Ele morreu aos 76, em 23 maio de 2008, aos 76 anos, vítima de infarto fulminante. Quinta-feira, 17, o deputado Dermilson Chagas (que já foi do PDT e hoje está Podemos) discursou na tribuna do plenário Ruy Araújo, da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), em homenagem a Jefferson Peres.
Dermilson Chagas recordou a relação de amizade que teve com o senador Jefferson Peres e com a sua família, desde que entrou para a política, quando ainda militava no movimento estudantil, mantida quando se filiou ao PDT. Durante o discurso na tribuna da Aleam, Dermilson enalteceu os principais traços da personalidade do senador: a honestidade, a sinceridade, a inteligência, a firmeza nas suas convicções políticas e, sobretudo, a bondade e a simplicidade, que faziam com que ele fosse constantemente elogiado.
“Ele brilhava no Congresso Nacional com suas palavras afiadas, leves e, ao mesmo tempo, fortes. Suas palavras iam ao encontro àqueles que defendiam a ética e a moral. Mas ele também tinha palavras duras contra os que não tinha interesse em zelar pela coisa pública e os que não visavam o interesse em comum. Ele sempre defendia o Amazonas e a Amazônia. Ele era um homem calmo, mas de palavras firmes. Ele era uma ‘escola’, que todo mundo gostava de ouvir e de estar perto. Em resumo, Jefferson Peres era, e continua sendo, um exemplo a ser seguido, tanto na vida política quanto na vida pessoal”, frisou Dermilson.
A homenagem póstuma ao senador José Jefferson Carpinteiro Peres foi uma iniciativa do deputado Adjuto Afonso, líder do Partido Democrático Trabalhista (PDT), na Casa Legislativa, e de membros do próprio partido, todos entusiastas da trajetória política do senador.
“É inquestionável o legado ético que o senador Jefferson Peres nos deixou, e devemos sempre lembrar disso. É uma satisfação encabeçar essa singela homenagem a alguém com atuações dignas, que dão orgulho a todos nós, amazonenses, pelos ideais éticos e democráticos e, o mais importante, priorizando sempre o povo“, destacou Adjuto Afonso.
O trabalho, a atitude, o comportamento e a postura política de Jefferson Peres tem reconhecimento nacional. Quando morreu, em 2008. Vejam comentários publicados na imprensa quando Peres morreu, em maio de 2008:
“Políticos de todas as tendências lamentaram a morte do senador amazonense. Ele era considerado uma referência ética do Senado. Foi declarado luto de três dias no estado do Amazonas.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, em nota, que a morte do senador é uma perda para o Brasil. De acordo com ele, Jefferson Péres foi um político que sempre pautou suas ações pela defesa intransigente da democracia e da ética. ‘Recebi com tristeza a notícia do falecimento do senador e transmito à sua família meus sentimentos.’
Lula acrescentou que Péres procurou guiar-se pelo que julgava ser o interesse público, mesmo nos momentos de divergências com o governo. ‘É uma grande perda para o Brasil, para a Amazônia e para o Senado brasileiro’, concluiu o presidente. O senador sempre adotou uma postura crítica ao governo Lula.
O ministro Gilmar Mendes, presidente do Supremo Tribunal Federal, também lamentou a morte. ‘Um homem extremamente correto, probo e dedicado às causas do interesse do Brasil’, destacou o presidente do STF. Ele também falou sobre a ligação de Péres com o Poder Judiciário, ressaltando a atuação do senador ‘de forma decisiva na concepção de modelo do Conselho Nacional de Justiça’.
O presidente do Senado, Garibaldi Alves, assim que soube da morte do senador foi ao Congresso, onde chegou expressando sua tristeza. Ele disse que Péres será sempre lembrado por sua atuação como um combatente em defesa da democracia e da Amazônia.
‘Perdemos um grande senador, um grande homem público, um homem dedicado à defesa da nossa democracia. Era um dos sustentáculos da coluna vertebral do Senado’, afirmou Garibaldi.
‘O Amazonas e o Senado perdem muito com a morte do senador Jefferson Péres’, afirmou o senador João Pedro (PT), também do Amazonas. Péres foi colega de João Pedro na Câmara dos Vereadores de Manaus, em 1988.
O ministro das Relações Institucionais, José Múcio, também se manifestou. Para ele, a democracia amanhece empobrecida pela perda de um grande amazonense e brasileiro. ‘Um homem que pautou as sua vida pelos princípios da ética e da moralidade’.
O ministro do Trabalho Carlos Luppi, do PDT, estava indo para um evento no Rio de Janeiro quando ouviu no rádio sobre a morte do colega de partido. ‘O PDT perde um homem que tinha coerência muito forte, ético, leal, um grande dirigente. Perde alguém que nunca vamos conseguir substituir. Além de um grande quadro do partido, também era um grande amigo. Frágil na estrutura física, mas forte nas convicções’, afirmou Luppi.”
(Consultor Jurídico, em 23/05/2008)
Fonte: Assessoria de Comunicação do deputado Dermilson Chagas
Fotos: Site Instituto Durango Duarte(Jefferson Peres) e Mayra Pessoa(Dermilson Chagas)
Imagem: Wikipidia
1 comentário
Sem sombra de dúvida, esse foi um exemplo de homem público.